segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Reflexão sobre o Eixo VII

O eixo VII,como todos, foi muito significativo. Pois durante seu transcurso propôs aprendizagens sobre linguagem. Comprendi que através das situações sociais dentro e fora da escola vão se construindo outras formas de linguagem que são relevantes e não devem ser ignoradas pelos professores.
Aproveitando o espaço e a oportunidade em muitos trabalhos da disciplina de Linguagem e Educação busquei relatar sobre minha aprendizagem, sobre alfabetização e letramento, pois por muitos anos venho a alfabetizar alunos. Esta disciplina era um convite explícito ao repensar sobre o planejamento juntamente com a disciplina de Didática, Planejamento e Avaliação.
O processo de ensino e aprendizagem é uma troca, no qual o professor aprende com alunos, então o papel do professor é o de estimular, observar e mediar, criando as situações de aprendizagem. O planejamento deverá ser feito pensando na participação ativa do aluno e em seus interesses e sua individualidade. Esse trabalho busca a construção do conhecimento, assim procura formar indivíduos ativos, reflexivos, atuantes e participantes na sociedade. O ato de planejar deve existir para facilitar o trabalho, tanto do professor, como do aluno.
Projetos favorecem a criação de maneiras de organizar os conhecimentos escolares, em relação as informações e à relação, entre os diferentes conteúdos o que facilita aos alunos a transformação da informação dos diferentes saberes disciplinares, em conhecimento próprio. E assim haverá uma aprendizagem significativa.
Na disciplina de Didática, Planejamento e Avaliação conheci as idéias de Comênio e sua Carta Magna. Ao ler a "Didática Magna" de Comênio refleti mais sobre a educação atual. Contido nas idéias de Comênio está uma educação de qualidade pois ele propõem a consideração do aluno, o ensino igual para todos, o realismo do ensino e o bom relacionamento entre professor e aluno. Conclui que a metodologia de Comênio possibilitará que a educação exerça sua verdadeira função: formar seres pensantes, autonomos e felizes.
Conheci a filosofia taylorista/fordista e sua relação com a educação.
Com a disciplina de Educação de Jovens e Adultos observei que esses alunos são pessoas que vivem no mundo adulto do trabalho, com responsabilidades sociais e familiares, com valores éticos e morais formados a partir da experiência, do ambiente e da realidade cultural em que estão inseridos. Numa sociedade de exclusão, essas pessoas, quando chegam à escola encontram muitas dificuldades, começando pela linguagem que é um obstáculo no seu desempenho.
Para esta disciplina realizamos em grupo uma saída de campo onde entrevistamos os alunos da etapa I e as duas professoras de EJA que trabalham com series iniciais. Observamos que projeto pedagógico do EJA apresentado pela instituição busca a construção de saberes vinculados à vida prática formando alunos mais autônomos e preparados para enfrentar os desafios do futuro. Constatamos na nossa pesquisa que a turma observada era muito heterogênea, com bagagem cultural e social diversa com interesses próprios. Estes alunos procuram a EJA com as mais diversas expectativas. Foi feito um pôster esta entrevista e apresentado a todo o grupo do PEAD em uma mostra, foi muito rico!
A disciplina de Libras levou a pensar sobre um outro grupo que encontramos atualmente em nossas escolas, são os alunos surdos que apresentam um diferencial em sua forma de comunicação sendo estes alunos portadores de características culturais próprias, com uma identidade própria e com possibilidades de desenvolvimento iguais a qualquer ouvinte. Fazem uso da língua de sinais que é uma língua com estruturas gramaticais próprias sendo que, o que a diferencia de qualquer outra língua é a sua modalidade visual-espacial.

Reflexão sobre o Eixo VI

Estudando sobre aprendizagem na disciplina de psicologia, realizei estudos sobre os estágios de desenvolvimento da criança. Durante essas aprendizagens relatei sobre minha trajetória de aprendizagem no curso como um todo, e principalmente no que diz respeito às aprendizagens tecnológicas, lidar com o computador. A todo instante uma aprendizagem levava a outra. Aprender é, pois, o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.
A disciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais me levou a criar um dossiê e no qual desenvolvi um estudo do caso de um aluno de 11 anos, com diagnóstico de Retardo Mental e Emocional.
Há poucos anos atrás os alunos com deficiências eram excluídos, pois a escola os encaminhava à outras instituições que atendiam exclusivamente as deficiências. Atualmente é dever da escola dar conta também destes alunos. Os professores estão sendo desafiados a atender bem a diversidade de seus alunos. Muitas vezes, a partir da necessidade especial de um aluno, promove-se um repensar sobre toda a turma, envolvendo planejamento, prática, avaliação, com ganhos para todos. Todos os alunos aprendem junto com o colega especial e aprendem principalmente a aceitar e conviver com a diferença. A presença de um aluno especial pode despertar a motivação e a cooperação entre todos da turma facilitando a aprendizagem.
Com a disciplina de questões étnicas raciais foi solicitado trabalhar com meus alunos sobre a diversidade. Foi muito bom, e pretendo estender meus trabalhos sobre este assunto ao longo da minha caminhada como professora, educadora. Realizei várias atividades, entre elas, uma atividade voltada para questões étnicas raciais.
Nesta disciplina destaco a confecção de um mosaico a partir da cultura africana que hoje faz parte da cultura brasileira. Os alunos estavam muito empolgados e trabalharam muito bem em grupos, trouxeram diversos materiais para a realização do estudo e costrução do referido mosaico.
Na disciplina de filosofia me surpreendi com o texto “Educação após Auschwitz”, o que predispôs os indivíduos a aceitarem o nazismo e a barbárie é a falta de autonomia e de autodeterminação. Conheci as idéias de Adorno e a pedagogia de Kant.

Reflexão sobre o Eixo V

Ao longo do curso viemos estudando e vivenciando na prática as teorias oferecidas nas diferentes interdisciplinas do curso. Tenho buscado contribuir com as aprendizagens assimiladas enquanto aluna na graduação, na instituição em que trabalho, ora como alfabetizadora, através da minha participação nas reuniões administrativas e pedagógicas.
As análises e reflexões dos referidos estudados nas interdisciplinas ao longo do curso, vêem somando de forma valiosa para uma nova postura como profissional e como pessoa.
A interdisciplina de Psicologia da vida adulta acrescentou através das reflexões, leituras e atividades, a identificação das fases da vida adulta, no reconhecimento da importância de atitudes, nas quais se faz necessário a serenidade, a autonomia e a responsabilidade diante das diferentes situações em que estamos sujeitos a nos deparar ao longo da vida, obtendo equilíbrio para enfrentá-las e solucioná-las, através de atitudes ponderadas e conscientes, principalmente, enquanto educadores. Sabemos que a convivência em sala de aula, em determinados momentos não é muito tranqüila, pois às vezes, nos deparamos com situações em que as emoções ficam um pouco estremecidas, o que é natural, pois somos todos diferentes, cada ser é único. Por isso, temos que entender e respeitar a diversidade, porque convivemos com personalidades diferentes, realidades diferentes. Pessoas que vivem sentimentos diferentes.

Ao final desta interdisciplina conclui o quanto é importante as fases anteriores terem sido bem resolvidas, para que o adulto de hoje possa estar preparado para enfrentar os desafios que irão surgindo nas demais fases da vida.
Na interdisciplina de Projeto Pedagógico aprendemos durante o semestre que todo o sistema educacional tem uma organização definida, com leis próprias e atribuições claras. A partir da Constituição de 1988 os municípios passaram a ter a mesma importância que os Estados e a União na gestão da educação, cabendo a cada um atribuições próprias. Assim também, podemos conhecer a existência do FUNDEB e os recursos por este destinados à manutenção e desenvolvimento da educação básica pública e à valorização dos trabalhadores em educação, promovendo a distribuição de recursos com base no número de alunos da educação básica informado no senso escolar do ano anterior. Estudamos o controle destes recursos a nível municipal, através do Conselho Municipal do FUNDEB, que é formado por representantes do poder executivo, dos professores e servidores técnico-administrativos das escolas municipais, assim como representantes de pais e alunos destas escolas. Este conselho analisa documentos e avalia o uso das verbas públicas, conferindo toda documentação e a necessidade dos gastos efetuados.
Através destes estudos passamos a analisar nossa escola como instituição pública que deve respeitar a Legislação vigente, mas que tem autonomia para planejar suas ações e fazer as regras necessárias para que estas ações aconteçam, através da gestão democrática. Aprendemos a importância do PPP como um compromisso em forma de planejamento de ações, onde escola e comunidade refletem sobre seu papel e as ações a serem desencadeadas por todos os envolvidos no processo educativo para alcançarmos uma educação de qualidade. Vimos também que o Regimento Escolar é um documento normativo que tem por finalidade tornar o PPP operacional, ou seja, descrever as regras de funcionamento desta instituição. É um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo. Aprendendo tudo isso e ainda, a importância da real da participação da comunidade neste processo através da gestão democrática, que legitima o fazer pedagógico, criando uma rede de compromissos onde todos, escola e comunidade, sentem-se responsáveis pela implementação deste projeto, visando a construção de uma escola democrática e o bem-estar do aluno.
Também aprimoramos nossos conhecimentos sobre projetos de Aprendizagem, ferramenta Pedagógica importantísssima paranossas ações no cotidiano de sala de aula.