segunda-feira, 12 de abril de 2010

Refletindo sobre a sala de aula

Observando meus alunos de 1º ano percebi que a sala de aula é realmente um espaço mágico, nela acontecem diferentes situações, descobertas, principalmente quando as crianças estão no período do ciclo da vida que diz respeito à segunda infância, mais precisamente na idade dos cinco a seis anos.
Todos os aspectos de desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo continuam inter-relacionados, neste período. O comportamento é predominante egocêntrico, mas a compreensão da perceptiva, o brincar, a criatividade e imaginação tornam-se mais elaborados. A independência, o autocontrole e cuidado próprio aumentam, porém a família ainda é o núcleo da vida, embora outras pessoas, de suas relações comecem a ter importância.
Para Freud (apud Papalia, 200) o comportamento é governado não apenas por processos conscientes. O mais elementar dentre tais processos inconscientes, conforme Freu, é uma pulsão sexual instintiva, à qual ele chamou de libido, presente no nascimento e formadora da força motivadora por trás, virtualmente de todo o nosso comportamento.
A personalidade é formada por estruturas, e as mesmas vão se desenvolvendo com o tempo. Estas estruturas são: o id, em que a libido está mais centrada, o ego, elemento muito mais consciente que funciona como o executivo da personalidade e o superego, o centro da consciência e da moral, incorporando as normas e limites morais da família e da sociedade.
Analisando, a teoria do desenvolvimento humano nesta fase da vida do sujeito, torna-se possível a compreensão sobre a necessidade do brincar, principalmente, do esconder-se em pequenos espaços e espiar o corpo um do outro, ficar bem juntinhos em esconderijos, conversar muito, pequeno espaço de tempo de concentração para a realização das atividades.
Talvez fosse importante repensar essa questão, de alfabetizar as crianças aos seis anos de idades, pois acredito estarmos queimando etapas do desenvolvimento natural, estamos talvez forçando um amadurecimento precoce. Embora o discurso afirme que os Programas de Alfabetização implantados, tragam em sua íntegra a ludicidade, é muito cobrar destes pequenos sujeitos que têm tanto ainda a descobrir de forma natural, através do brincar por brincar simplesmente.

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Anete querida,

Concordo contigo quando escreves que a sala de aula é realmente um espaço mágico, onde acontecem diferentes situações e descobertas. Gostei de sua reflexão sobre a questão do ensino de 9 anos. Realmente é preciso tratar com cuidado a questão daalfabetização para crianças com 6 anos. crianças aos seis anos de idades para não exigirmos de mais de nossas crianças ou contribuirmos para elas pularem etapas.