segunda-feira, 5 de abril de 2010

Meu Estágio, Meus Alunos

Durante este semestre, todas as atenções estão voltadas ao estágio. São muitas dúvidas, e a ansiedade resolve, em alguns momentos, tomar conta do meu interior. As dúvidas, as incertezas de como será me trazem estes momentos de tensão. Isto acontece por eu não ter a certeza de que estou no caminho certo, no que diz respeito à construção das atividades do curso, postagens, etc. Pois ainda tenho certa dificuldade em administrar alguns espaços e ferramentas virtuais. Estas “descobertas” requerem tempo, e este, é algo bem reduzido devido à carga horária que tenho. Estou com regência de duas turmas de 1º ano, ambas estão no Programa Alfa e Beto, e é com a turma do turno da tarde que realizarei o meu estágio. Como os livros do referido Programa chegaram somente na última semana de março, aproveitei o transcorrer destes dias para conhecer um pouco mais dos meus alunos. Fiz atividades mais lúdicas, brincamos, trabalhamos com tinta, massa de modelar, recorte e colagem, rasgaduras, enfim, diferentes atividades com o objetivo de trabalhar a motricidade fina e a coordenação motora ampla, a socialização, já que a maioria veio da Educação Infantil, e tendo em média 6 anos de idade. Este será um ano cheio de novidades, grandes desafios, pois regência de 1º ano eu nunca tive, o Programa Alfa e Beto é algo novo pra mim, os alunos são todos novos na escola, estão em processo de adaptação. Neste tempo de sondagem e conhecimentos dos meus alunos, percebi que são crianças bem agitadas, barulhentas, adoram conversar e passear na sala durante a aula. Foi possível observar o déficit de atenção por parte de um percentual significativo da turma, porém são bem afetuosos entre eles, e também em relação a minha pessoa. Segundo Doris Pires Vargas Bolzan, 2001, pág. 268, em suas reflexões sobre os saberes e fazeres na escola traz a temática do conhecimento compartilhado, no qual ensinantes e aprendentes ensinam e aprendem juntos. È desta forma que me vejo em meio a tantas novidades. Acredito que estou aprendendo muito com estes seres, tão pequenos, e tão cheios de brilho, de curiosidade de vontade de conhecer e vivenciar momentos novos. A autora chama a atenção dos educadores de que é preciso estar preparados, pois a velocidade das transformações dos saberes não permite que a escola centre-se, apenas nos seus fazeres. È necessário avançar, preparando os sujeitos para promover mudanças, através do conhecimento significativo. Portanto é fundamental ter clareza dos caminhos a seguir, determinar os saberes a serem explorados e desenvolvidos no currículo escolar. O ensino precisa partir do real, pois os alunos vêm carregados de conhecimentos prévios e possuem maneiras próprias de aprender. Esse trabalho deve ser apropriado por professores e alunos envolvidos nesse processo. Foi possível constatar as afirmações da autora durante o Projeto de Páscoa, que desenvolvi com a turminha. Tive que fazer alterações, pois se fez necessário mudar alguns fazeres em meu planejamento, ou seja, acrescentar ideias trazidas por eles, e as mesmas trouxeram significativas pinceladas a construção do conhecimento, como também na socialização. As alterações foram mais acentuadas na culminância do projeto, que foi uma apresentação artística alusiva sobre a Páscoa. Esta foi praticamente elaborada, criada pela turma. A cada dia, a cada ensaio surgiam novas idéias que eram acrescidas buscando melhorar a atividade, e assim, professora e alunos envolvidos, foi possível a atividade culminar numa linda apresentação, que deixou os presentes emocionados.

Em seu texto, O Despertar, Lúcia Helena Marques Carrasco fala que os professores devem despertar para si, e nesse despertar buscar transformação. Esta mudança começa a surgir no momento em que acordamos para a realidade que nos cerca e passamos a analisar nossas ações, refletindo sobre nossos fazeres e sobre o nosso aluno, a história de cada um, o conhecimento prévio que cada um traz consigo, o ser de cada um, o que é o que deixa de ser importante para ele. “Logo, não é possível fazer uma reflexão sobre o que é educação sem refletir sobre o próprio homem”. (Freire, 1984, p.27)


Imagens da apresentação alusiva a Páscoa










Vida nova, fatasia de criança.








Trabalhando cores primarias.








Alegria da Festa da Páscoa.








Pequnos atores.








Todo o elenco.

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