domingo, 28 de junho de 2009

O clube do Imperador

O filme O Clube do Imperador proposto pela Interdisciplina de Filosofia da Educação me fez analisar as atitudes do professor frente a algumas de um determinado aluno que é recebido muito bem pelo diretor por ser filho de um senador.O aluno se mostra muito desinteressado pela matéria dada pelo professor de história e, o tempo todo, procura deixar bastante visível sua rebeldia, demonstrando descaso pelos ensinamentos do professor.Este, então resolve comunicar aos pais sobre o comportamento do rapaz. O pai, muito autoritário, diz que só ele pode moldar o seu filho; o professor sai aborrecido; o pai chama a atenção do filho e então o mesmo tenta se controlar mais. O professor resolve lhe ajudar emprestando-lhe alguns de seus livros e aí os dois passam a se comunicar mais e o aluno também passa a interagir mais durante as aulas. O professor se mostra contente pelo desempenho do aluno e resolve dar uma chance a ele de participar do “Concurso Júlio César”, onde os três primeiros classificados são questionados sobre o assunto estudado em sala de aula. Mas, para isso o professor altera o conceito do aluno na sua prova, eliminando um colega que realmente tinha alcançado tal conceito.Durante o concurso, o aluno responde a tudo e o professor percebe que ele está “colando”, comenta com o diretor e este diz para ignorar e seguir o questionamento, então o professor percebe que tudo está em suas mãos ,resolve então, fazer uma pergunta diferente e o aluno não consegue responder e perde o concurso para seu colega.É neste momento que o professor encontra-se diante de um conflito moral e a solução, “momentânea”, para reparar seu erro, foi elaborando uma questão fora do que havia preparado para o concurso.Anos depois, o aluno resolve então “dar o troco”, mostrar ao professor que ele é capaz. Convida seus antigos colegas a repetirem o concurso, onde o professor também desempenha seu mesmo papel. E, mais uma vez o aluno mostra-se ser uma pessoa sem caráter, trapaceando novamente e o professor pune-o novamente com uma questão fora do contexto.Com esta decisão, repetida pelo professor, demonstrando ética, caráter, respeito e justiça, ficam bastante evidentes os seus princípios morais. E na minha concepção, o professor teve uma decisão extremamente correta, apesar de achar que “falhou” no início, contribuindo para um final decepcionado. Mas, o professor pregou a moralidade, deixando bem claro que caráter é algo que se constrói ao longo da trajetória de vida de cada indivíduo. Talvez para aquele aluno fosse tarde, mas mesmo com o pai dizendo que só ele moldaria seu filho, o professor não desistiu e tentou fazer diferente.
Foi muito interessante assistir ao filme O Clube do Imperador e analisar o mesmo.Pude refletir sobre os conflitos morais que nos assombram dia a dia, foi muito interessante a abordagem deste. Portanto o filme soube muito bem colocar em analise e expor estes conflitos. Às vezes, nós professores, ficamos em conflito com nós mesmos, se devemos ir contra nossos princípios na tomada de certas decisões.Se devemos apostar naqueles alunos que não querem nada com nada ou excluí-los?Será que se apoiarmos eles não estaremos desprestigiando os alunos interessados e responsáveis?Quantas vezes não nos arrependemos de avançar aquele aluno que não estava bem como incentivo e no outro ano ele continua sem dedicar-se...mas se não tivéssemos apostado nele e ele mudasse..é são nossos dilemas morais...Porém penso que nunca erramos em apostar em alguém,se este não retribuir a confiana ele estaciona,mas se deixamos de acreditar em um aluno que pode mudar...poderemos correr o risco de nunca mais resgatá-lo.

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Oi Anete, querida!
Que bom passar por aqui e ver suas reflexões compartilhadas conosco através das postagens... fico feliz!

Em sua postagem vc faz alguns questionamentos interessantes como:
se devemos apostar naqueles alunos que não querem nada com nada ou excluí-los? Será que se apoiarmos eles não estaremos desprestigiando os alunos interessados e responsáveis? Depois de ler suas questões fiquei provocada a interagir contigo... ppor isso, te faço outras perguntas, que não precisa responder para mim, basta refletir sobre... o que a Anete professora pensa sobre as questões apontadas na postagem? Reflita em sua prática como ocorre a relação com os alunos?
Querida... minha ideia é refletir contigo... se quiseres voltar aqui e compartilhar mais comigo... fique certa que vou adorar!
Bjos